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Os motivos para a tua dor de garganta

Já se perguntou os motivos para a tua dor de garganta? Quantas vezes deixamos de fazer o que queremos e gostamos por saber como irá condicionar a nossa saúde?

Está frio? Seco? Está a chover? Como está o tempo lá fora?

Sabes quando vais correr pela manhã e depois ficas com aquela dor de garganta? Quais serão os motivos para essa dor de garganta?

E após aquele dia fabuloso de praia vem uma grande amigdalite?

Após um jantar bem divertido aparece uma faringite, já te aconteceu?

E quando o bebé apanha um pouco de frio fica logo rouco?

10 Motivos para a tua dor de garganta

1. Frio

Quando o ar frio entra pela boca naquele treino e começa a secar a garganta, portanto, já sabes que no dia seguinte tens dores de garganta, esse é um dos motivos mais obvios para a dor de garganta. O ar entra pela boca e afeta as regiões por onde passa, inflamando a faringe e as amígdalas além das restantes estruturas. O ar quando entra pelo nariz é climatizado não entrando em choque com as mucosas do sistema respiratório. Experimenta treinar inspirando pelo nariz. Parece até milagroso.

2. Pó, pólen e ácaros

Estavas mesmo bem e muda a estação. És daqueles que pensam que há épocas no ano que nem deviam existir? Quando respirar pelo nariz parece impossível é porque tendencialmente respiras pela boca, se forma inconsciente. A primeira estrutura do sistema imunitário é o anel de Waldeyer (constituído por amígdalas e adenóides). A resposta de proteção do sistema imunitário deixa de funcionar quando é consecutivamente atacada. E como tal qualquer mínima exposição ao que nos provoca alergias promove uma reacção gigante, seja ela de pele, de respiração ou qualquer outro sistema pois todos eles são regulados pela oxigenação /respiração dos tecidos. Quando respiramos pelo nariz o ar é filtrado e as partículas ficam retidas no nariz e a regulação imunitária funciona de forma eficaz.

3. Chuva

A velha história repete-se foi só uma corridinha do carro para casa. O facto de estarmos molhados e o corpo arrefecer são condicionantes fortes que todos conhecemos porém se relacionarmos com outras situações compreendemos que o nosso corpo tem formas inimagináveis de regulação. Quando tendemos a proteger-nos do clima, com excesso de roupa, se esta se molha o nosso corpo além da auto-regulação terá também de se preocupar com o extra de roupa. Claro que não falamos de situações limites mas daquela chuvinha que pode acontecer num dia chuvoso. A respiração nasal permite a formação de óxido nítrico em quantidades suficientes para a libertação de oxigénio nas células e para a sua regulação térmica.

4. Sol

Aquele dia de sol, horas a aquecer e vem aquela dor de garganta. Sabes porquê? Claro, como explicamos a regulação térmica é fundamental. E a vitamina D que nos dá resistência. Cada vez é maior o défice de vitamina D na população, por falta de exposição solar direta diária. O medo do sol existe e é real pelo que a consciência na exposição solar é crucial. Assim, se prepararmos o nosso corpo para captar a vitamina D e tivermos uma exposição solar consciente e continua sem exagero, teremos o sistema regulado sem dissabores nem desagrados.

5. Máscaras

Como dentista uso a máscara para trabalhar. Hábito não questionável. Portanto, nesta fase, durante a pandemia, não há forma de contornar e em todo o lado há máscaras e pessoas a queixarem-se. Mas, eu nem me apercebia. O que mais se houve é falta de ar, dificuldade a respirar, garganta seca, tosse e transpiração. Quando respiramos pelo nariz a quantidade de ar é menor assim como a exceção de dióxido de carbono. Logo, as concentrações de dióxido de carbono não estão alteradas a respiração é a ideal. Sem Hiperventilação. Parece quase uma chamada de atenção para que deixemos de hiperventilar. Tenta aí respirar lenta e suavemente pelo nariz sem abrir a boca e nota as alterações. Só podes ter maior conforto.

6. Ambientes fechados

Sem duvida o mais discreto. Nem o notas. Após aquela festa ficas rouco porque falaste ou cantaste ou nem por isso mas a garganta arranha demais? O ambiente fica pesado, o ar não circula, o dióxido de carbono em excesso e a tua respiração é predominantemente oral. Vai parar tudo na garganta que cansada não irá reagir da melhor forma e para que controles melhor os teus hábitos começa a arranjar.

7. Rouquidão

Sem nos apercebermos para falar inspiramos pela boca. O ideal seria inspirar pelo nariz. Este método exige muita concentração e treino até que se torna natural, automático e inconsciente. Só produzimos som quando passa o ar. Inspirar pelo nariz e expirar pela boca é fundamental pra a saúde vocal e para a saúde geral. Quando respiramos pela boca o ar agride as cordas vocais assim como promove a produção de secreções nasais que escorrem para as cordas vocais. A qualidade do que ingerimos é fundamental porém o mais importante é manter sempre a inspiração nasal.

8. Alimentos maus

Não há ou há? Quando os comes ficas com dores de garganta, ou aftas, ou sentes arranhar? Quem nunca sentiu? É, mas sentir, definir logo a causa… já existia uma lesão/inflamação. Tirando essas situações, todos os outros, como os alimentos ácidos, quentes ou inflamatórios só afetam quem não está bem. Pode ser por carga alergenica que nos leva à saturação e de um dia para o outro passamos a reagir a algum alimento ou não reagimos ao alimento que nos prejudica mas sim a outro, indiretamente.

A proteína do leite promove a produção de secreções nasais assim como a inflamação dos músculos lisos (músculos dos sistema digestivo e do sistema respiratório). Mas não notamos, diariamente consumimos muito pouco leite e a reacção nem parece direta. Depois comemos algum alimento ácido e aparecem aftas. Deixas de comer laranjas, tomate, nozes, e aparece o refluxo, a gengiva fica inflamada, sempre sensível. Então, a associação não é direta tornando o diagnóstico difícil. Vem o refluxo gástrico esofágico, e esses ácidos sobem na garganta, agredindo cada vez mais. Avaliar onde, quando e porque é importante, nunca esquecendo o como.

9. Sono

É tão frequente, portanto esqueces de contar. Dormir de boca aberta seca a garganta. Depois a cama estava quente. Apanhaste aquele friozinho. E de repente acordas. A boca toda seca. Beber água, chá ou outra bebida e voltar a dormir. Já não arranha a garganta e assim continuamos. E quando não tens esses reflexo de acordar? É pela manhã, boca seca, garganta seca, tosse irritativa e no dia seguinte será igual. A reeducação respiratória é fundamental pra que durante a noite o padrão respiratório seja saudável.

10. Calor

Estava tão quente o ar que parecia irrespirável. Senti falta de ar. Precisava de respirar mais. Ao respirar pela boca secou a garganta e doía. Pela boca entra mais ar é um facto mas perdemos mais dióxido de carbono, minerais, água, cálcio, fósforo, magnésio e esta Hiperventilação é tão prejudicial que promove a sensação de falta de ar, de asma, de ansiedade. Quando conseguimos manter a respiração nasal lenta, a eficiência respiratória é ideal e reduz a ansiedade, além de não desidratar, nem perder iões de carga positiva. Manter a calma e a respiração nasal leva-nos mais longe e sempre mais saudaveis.

Parece fácil, parece óbvio, parece estranho. É verdade. A respiração nasal perde-se muito cedo e sem notar. Quantas vezes mal diagnosticada a doença respiratória prevalece. Quem conheces que tem permeabilidade nasal, sem obstrução conhecida ou aparente, conhecido como saudável, que tantas vezes se queixa da garganta e associa ao septo nasal torto, à sinusite ou rinite ou ao tempo?

Hoje sabemos identificar o problema e tratar a causa, não apenas as consequências.

Por fim, experimenta, respira lenta e suavemente pelo nariz e diz-me como te sentes.

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